Aprenda a utilizar a linguagem corporal na escrita
19:54
Este post foi retirado do meu livro de dicas para jovens autores, Para escritores no Wattpad, e está disponibilizado na íntegra nessa mesma plataforma.
No capítulo anterior
falei da importância da linguagem corporal na descrição de diálogos e
acontecimentos dentro da narrativa. No entanto, devido à existência de
inúmeras emoções e estados de espírito, irei fazer uma lista com mais
algumas onde se poderão inspirar.
Contudo, tenham também
em conta que a forma de reagir a uma emoção varia de pessoa para pessoa,
e neste caso de personagem para personagem. Pois, por exemplo, pode
haver quem reaja de forma apática à tristeza, ou quem a transforme em
mágoa e raiva.
Irei falar das principais, que quando misturadas dão origem a outras emoções.
Devemos ter também em
conta que a tristeza pode ser causada pela saudade, pela culpa, pela
solidão, pela vergonha, entre outros, ou a própria tristeza pode
fazer-nos sentir culpados por estarmos tristes.
Quando a personagem está
feliz e satisfeita com algo, ela tem tendência a sorrir mais e fazer
piadas, assim como gerar um ambiente de alegria à sua volta. Além
destes aspetos, também costuma mover mais os braços, as pernas e o
rosto, falar mais alto e ter uma gargalhada mais forte.
A primeira reação que
nos vem à mente quando pensamos em surpresa é a de abrir a boca e
arregalar os olhos, porém existem outras, como gritar, levar as mãos à
boca, sorrir incontrolavelmente (se for uma surpresa boa), não ser capaz
de falar, ou até desatar a chorar de felicidade/tristeza, dependendo do
caso.
Quando a surpresa se une ao medo, podemos ainda perder a força nas pernas e cair de joelhos no chão.
O medo existe como forma
de garantir a nossa sobrevivência, daí também estar tão presente na
vida animal (aliás, todas estas emoções estão, porém algumas mais que
outras).
Quando estamos
assustados ou inseguros, costumamos suar mais e sentir o nosso corpo e
rosto quentes. Nos casos mais visíveis de medo, podemos tremer, sentir a
boca seca, perder a força nas pernas, engolir em seco, ter os
batimentos cardíacos fortes e até desmaiar.
Quando sentimos raiva,
temos tendência a reagir com movimentos bruscos e a cerrar os punhos.
Para além disso, baixamos as sobrancelhas, e quando é um caso extremo
ficamos com manchas vermelhas no rosto e batemos com os dentes.
Além do mais, quando
sentimos raiva também costumamos agir sem pensar, guiando-nos mais pela
nossa emoção do que propriamente a razão.
O sentimento de aversão
faz com que tenhamos várias reação naturais, como enrugar o nariz,
afastarmos-nos do que nos está a causar essa sensação, entortar os
lábios para baixo e em casos mais graves ter vontade de vomitar, cobrir a
boca e apertar o nariz com as mãos.
E, por fim, a tristeza,
que pode fazer com que fiquemos apáticos, no caso de pessoas reservadas
ou até com dificuldades/aversão em expressar os próprios sentimentos,
ou com vontade de chorar, levando-nos a tremer, mostrar movimentos de
hesitação, balançar a cabeça em negação, ter vontade de gritar, entre
outras reações.
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