Todos os tipos de final de uma história

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Este post foi retirado do meu livro de dicas para jovens autores, Para escritores no Wattpad, e está disponibilizado na íntegra nessa mesma plataforma.

Bem, acho que qualquer pessoa se pode facilmente lembrar de um final marcante de algum livro que leu. Na maior parte das vezes, é este que acaba por ficar guardado na memória do leitor.


Em síntese, colocarei alguns tipos de final:

O final feliz

Sim, inegavelmente, é o mais utilizado; principalmente em novelas. É aquele em que o vilão acaba por sair prejudicado e o herói é recompensado por tudo o que fez; ou aquele em que os dois apaixonados terminam juntos, casados e talvez até com um filho (onde é que eu já li isto?).
Para além disso, acaba muitas vezes por não marcar o leitor, pois a partir das primeiras páginas este já tinha conseguido prever como a história terminaria. E, como já tinha dito antes, a imprevisibilidade do conto é essencial para a sua qualidade e atração para o leitor. Por isso, se querem um final marcante, inovem. Para vos dar uma prova disso, vou usar o exemplo do livro A Culpa é das Estrelas, que acabou por terminar de uma forma inesperadamente triste, tornando-se uma prova de que os finais mais marcantes nem sempre são os felizes.

O final triste

O final triste é aquele que pode acontecer pelos mais variados motivos, desde a morte de uma ou mais personagens, o fim de uma relação, um sonho que não se chegou a realizar... tudo é possível. Afinal, não saber o que vai acontecer torna a leitura muito mais cativante. E estes finais existem justamente para nos provar que muitas vezes o que esperamos acontecer não acontece, tal como na vida real.

O final apressado

Aquele em que o autor quer acabar a história, seja de que forma for. Pode ter inúmeras razões para isso, entre elas a falta de vontade continuar a escrever; ou não saber como continuar a história e por isso decidir que é melhor acabá-la. Pode ser feito de inúmeras formas, como um acidente ou uma morte súbita e inesperada.
Para quem já passou por um destes finais numa história que estava a gostar, as minhas condolências. Experienciei um numa série que estava a ver e que foi cancelada nas primeiras temporadas. Portanto, por experiência própria, digo-vos que não é nada bom.

O final tardio

Acontece quando o autor atrasa a história criando situações pouco relevantes, que só vão servir para enrolar tudo e ganhar mais algumas páginas; sendo que o final chega um pouco mais atrasado que o ideal. Muitas das vezes é também o culpado pela perda de leitores, que acabam por se aborrecer a meio.

O final radical (Plot twist)

Na minha opinião, o mais interessante. Surge quando a história sofre uma reviravolta inesperada, que deixa o público surpreendido e motivado na leitura. É também aquele que envolve um assassino que na realidade era um amigo próximo da personagem principal, ou aquela doença que, quando menos se espera, volta a surgir (sim, é o livro que estão a pensar). Basicamente, tudo o que envolva situações inesperadas e inesquecíveis que acabam por mudar todo o rumo que esperávamos que a história tomasse.

Bónus: O final fechado e o final aberto

Ponderei não colocar aqui estes dois finais, mas acho que é importante referi-los:

O final fechado é aquele em que o enredo termina, ficando os leitores a saber o destino de cada personagem;
Já o final aberto é aquele onde o futuro das personagens não é totalmente explicado, podendo servir como ponto de ligação para um possível segundo livro.


De qualquer maneira, seja qual for o final que dêem à vossa história, lembrem-se sempre de ser originais, e nunca desistam de publicar o final que prefiram só para agradar os leitores. O livro é vosso, a escrita é vossa e todo o processo de criação de uma obra apenas diz respeito a vocês. Assim com o John Green em A Culpa é das Estrelas, ou a Veronica Roth no Convergente, não tenham medo de ser diferentes e de surpreender os vossos leitores.

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